Artista apresenta processo de pesquisa de mestrado na Galeria Cañizares

A mostra tem como objetivo dar ao artista a oportunidade de entrar em contato com o público e coletar feedbacks

Por Kelven Figueiredo

A exposição “Mulher Nua”, que fica em cartaz na Galeria Cañizares até o próximo dia 21 de julho, conta com pinturas acrílicas e croquis que mostram desde a concepção da ideia até o resultado final do trabalho que sempre tem como temática central as formas do corpo feminino. O artista, Paulo Monteiro, declara que pretende valorizar os refinamentos da nudez feminina e a sua eroticidade além de de excitar o olhar e atrair à apreciação dos visitantes.

Foto: Kelven Figueiredo
Foto: Kelven Figueiredo

A mostra que conta com a curadoria de Maria Saievicz faz parte do processo de pesquisa do mestrado em Artes Visuais do artista  orientado pelo professor Roaleno Costa. Portanto tudo o que está na galeria pode receber alterações ou simplesmente mudar radicalmente de acordo com a vontade e pesquisas do artista. A curadora conta que “um dos motivos pelo qual proibimos as fotografias é para que as pessoas venham ver a exposição e contribuir com a pesquisa do artista, uma vez que essa ainda está em construção”.

Paulo revela que tudo surgiu com uma obra  que ele fez em homenagem anos 150 anos de Coubert: “Volúpia e Desejo (O Banquete)”. A obra mostra sob tela uma mulher ruiva, deitada na mesa localizada no centro da tela enquanto parece posar em uma posição sensual para o artista. Ela é a obra principal da mostra conta ainda com uma série de desenhos rascunhados das obras finais, mostrando  a evolução do artista desde 2014 até o atual momento; e com mais 6 pinturas divididas em 3 séries.

Nas composições chamadas “Imagos” o pintor representa seus desejos e memórias que fazem parte de sua infanto-adolescência. Já  a série “menino-velho” explora a descoberta da sexualidade e sensualidade das mulheres. E por fim na série “Mitológicas”, o artista apresenta a tríade originária Gaia, Afrodite e Pandora às formas da figura feminina relacionadas a libido.

Foto: Kelven Figueiredo
Foto: Kelven Figueiredo

Entre as dificuldades encontradas pelo artista no processo, ele aponta como a maior delas “trazer os resultados da pesquisa de forma clara” e explica que essa dúvida foi o que motivou a montagem da mostra.

O estudante, Daniel Flamenliel, do terceiro semestre do curso Artes Plásticas destaca o quadro “Afrodite” como o seu favorito da exposição porque, segundo ele, as cores e a posição da mulher na pintura agradaram muito seu senso estético. “O que eu mais gosto nessa exposição também é o fato de ter os croquis que nos permitem perceber o quanto ele evoluiu e maturou sua ideia desde o papel até o resultado final em tela” declarou o estudante.

Já a estudante do mestrado em  Museologia, Gislaine Santana, ficou impressionada mesmo com a técnica usada pelo artista, porque, segundo ela, a semelhança entre as modelos e a obra final é muito grande. “Minha obra favorita é a que ele retrata a bailarina do Faustão, por conta da posição que ela se encontra há grande semelhança entre elas” declarou Gislaine.

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