VISITA AGENDADA: Dança e sua diversidade em atividades de extensão

Conheça um pouco sobre como funcionam as atividades de extensão e os grupos de pesquisa da Escola de Dança   

Por Greice Mara

Desde sua fundação, em 1956, a Escola de Dança da UFBA é considerada pioneira no que diz respeito a  escolas de artes no Brasil. Por 28 anos, a escola ofereceu o único curso superior de dança do país – apenas na década de 80 surgiram mais dois. Recentemente passou a oferecer  o primeiro curso superior de Dança a distância do Brasil. Além disso, houve uma reformulação no ingresso da graduação com a retirada da prova de aptidão, que restringia a entrada no curso a pessoas com habilidade prévia na área. A unidade também conta com o único curso de pós-graduação strictu senso na área de Dança da América Latina.

dancaPara ajudar a compor esta estrutura, a Escola de Dança conta com dez grupos de pesquisa e 13 atividades de extensão – com duas oficinas gratuitas. As atividades de extensão, ou oficinas, são realizadas através de parcerias da Escola com professores – todos são licenciados, formados na Escola ou que são ligados apenas pela extensão ou por estarem na pós-graduação. Os projetos são selecionados anualmente por meio de  edital, em que os professores se inscrevem. Mas nem sempre foi assim, até meados de 2016 o professor interessado em desenvolver aulas fora do conteúdo acadêmico precisavam submeter um projeto para ser aprovado ou não pela congregação da unidade.

Hoje, basta fazer um pré-projeto para participar da seleção/edital, o que é menos trabalhoso. Quem já fazia parte do quadro dos cursos de extensão, não precisou  fazer uma nova seleção. Segundo Guego Anunciação, que promove uma oficina de Balé Clássico, a mudança na admissão de projetos de extensão deu mais autonomia aos professores, no que diz respeito à definição de valores a serem cobrados e número de vagas. Essa autonomia também faz com que os professores não encontrem dificuldades para levar os cursos e oficinas adiante.

Para Guego, os cursos de extensão da Escola de Dança da UFBA têm o diferencial em relação aos demais por tratar e entender os corpos em suas particularidades, respeitando suas perspectivas. “O que diferencia esses cursos para além dos muros da Universidade é a forma de abordagem. A Escola de Dança tem o viés de pensar na autonomia, nas diferenças dos corpos. Os cursos de extensão não são muito diferente disso”, conta o professor.

Além de toda essa questão técnica envolvida, existe ainda um trabalho de criação. Todo final do ano acontece uma apresentação final dos cursos. Os membros dos cursos apresentam coreografias como resultado do trabalho que foi desenvolvido ao longo do ano letivo – diferente de outras unidades, como Música, os cursos da Escola de Dança funcionam de maneira anual de março a dezembro. As apresentações costumam ser gratuitas e abertas ao público em geral. Os espetáculos acontecem no Teatro do Movimento.

Os alunos podem ingressar nos cursos e oficinas a qualquer mês do ano. Mas o ideal  é que o estudante se matricule no começo do ano, para aproveitar mais e melhor os cursos e para que os professores tenham maior controle sobre a quantidade de alunos. O número de vagas de cada curso é limitado e definido de acordo com o que os professores planejam para o ano letivo.  As inscrições são feitas diretamente com os professores e os cursos são abertos tanto para a comunidade acadêmica quanto para a comunidade externa.

Os cursos são pagos, mas segundo Guego, têm valores consideravelmente mais acessíveis que fora da Escola. “Enquanto lá fora as escolas cobram por volta de R$ 240,00 de mensalidade nas aulas de balé clássico, por exemplo, aqui é possível ter essas aulas a R$ 100,00, então tem essa questão da acessibilidade. Sem contar a questão do profissionalismo dos professores envolvidos”, conclui.

Além das atividades de extensão, a Escola de Dança da UFBA conta com os grupos de pesquisa. Os grupos têm apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPG), da FAPEX (Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão) e financiamento do CTINFRA/FINEP. Além disso, um convênio firmado entre a Escola de Dança e a Fundação Cultural possibilitou a reativação do Grupo de Dança Contemporânea, a realização dos Painéis Performáticos e dos Encontros Anotáveis.

Os grupos de pesquisa da Escola de Dança da UFBA são: Grupo de Pesquisa Processos Corporeográficos e  Educacionais  em  Dança  (PROCEDA); Grupo de Pesquisa Laboratório co-adaptativo; Grupo de Pesquisa LaPAC; Grupo de Pesquisa Acessibilidade em Trânsito Poético; Grupo de Pesquisa Labzat; Grupo de Pesquisa em Ciberdança – Elétrico; GIIP – Grupo Int e Interinstitucional de Pesq em Convergência entre Arte, Ciência e Tecnologia; Centro de Estudos em Dança; Estudos Corponectivos em Dança; e Poética da Diferença.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *