Mesa debate a função das novas tecnologias no processo educativo

* Por Carol Oliveira

A educação tem passado por inúmeras alterações no que se refere às tecnologias empregadas para o ensino. Mais recentemente, o uso das tecnologias de comunicação ajudou a ampliar a difusão dos saberes para atingir pessoas distantes. O tema suscita a importância de explorar quais possibilidades as plataformas digitais públicas oferecem ao acesso qualificado às informações culturais. De acordo com o professor Messias Bandeira, o Brasil foi protagonista na cultura digital, sobretudo na gestão do músico Gilberto Gil no Ministério da Cultura, entre os anos 2003 a 2008, propiciando o seu crescimento através dos pontos de cultura.

O professor do Instituto de Humanidades, Artes e Ciência Professor Milton Santos (IHAC) da UFBA Messias Bandeira esteve presente na mesa “Uma política para acervos digitais e a interface com a educação”, ao lado do Secretário de Políticas Culturais Substituto Américo Córdula e do Representante da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) Álvaro Malaguti. A mediação ficou por conta da Pró-Reitora de Extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Presidente do Fórum de Pró-Reitores de Extensão Sandra de Deus. A discussão abriu o segundo dia de debates do 1º Seminário Cultura e Universidade.

Nos últimos anos, houve uma série de transformações no campo da cultura e da produção do conhecimento, e a universidade se mostrou como um importante ambiente no qual essas tecnologias da informação e da cultura foram mais apropriadas e articuladas. O que se vê nas redes sociais é a possibilidade de se pensar a cultura em outras perspectivas. Esse cenário das novas tecnologias afeta também diversos outros segmentos, como o cinema, o audiovisual, o mercado editorial, entre outros. Para Messias Bandeira, este é um cenário bastante promissor porque a atuação em rede, a formação de comunidades e a cidadania global têm estabelecido novos horizontes para se pensar o empoderamento social, a questão da formação e de como as pessoas lidam com uma nova cultura. “A cultura digital é importante para abrir a universidade à sociedade”, ressalta o professor.

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Representando a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), uma instituição criada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) que integra todo o sistema de pesquisa e de ensino superior, Álvaro Malaguti falou sobre o que é e como funciona a rede. A Rede RNP oferece conexão gratuita à internet para instituições federais de ensino superior associadas ao Ministério da Educação e para unidades de pesquisa federais ligadas ao MCTI.

Um dos primeiros serviços oferecidos pela rede foi uma infraestrutura organizada, com vídeo conferências, transmissão de sinal de TV, vídeo sob demanda, entre outros. Álvaro destacou a criação da rede experimental a ser lançada até o mês de junho de 2013, a Rede de Cinemas Digitais na Universidade. “Estamos falando de universos de informações grandes com acervos e arquivos que permitem novas narrativas e novas percepções”, explica. A integração dos acervos é importante para potencializar a pesquisa.

No âmbito da Secretaria de Políticas Culturais, o destaque ficou por conta dos laboratórios de arte e tecnologia. Segundo o secretário Américo Córdula, existe um projeto piloto para a construção desses laboratórios na Funarte. A intenção da secretaria é constituir mais tarde uma rede de laboratórios nacional e internacionalmente.

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