Vale do Capão sediará III Convenção Baiana de Malabarismo, Circo e Arte de Rua

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Por Ítalo Cerqueira*

Promover o intercâmbio artístico e técnico entre os artistas que trabalham com circo, arte de rua e malabarismo, além de possibilitar o treino, o estudo e a divulgação das linhas de pesquisa são as premissas da III Convenção Baiana de Malabarismo, Circo e Arte de Rua, organizado pelo professor Dr. Fabio Dal Gallo, da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (Ufba), que será realizada no Vale do Capão (Chapada Diamantina – Bahia), de 25 a 29 de janeiro, no Circo do Capão.

Quem estiver interessado em participar do evento, deverá se inscrever no site da convenção e realizar o pagamento de uma taxa de R$70,00 da inscrição. Para quem mora em Salvador e precisa de transporte e acomodações, a organização preparou um pacote de ida e volta no valor de R$160,00, o que inclui transporte (ida e volta), camping e inscrição, a saída será no dia 24 de janeiro, às 21h, em frente ao MC Donald’s do Rio Vermelho. Os participantes da convenção terão o direito de participar de todas as atividades, além do camping para todos os dias do evento, oficinas, espetáculos e festejos.

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Importância: Uma convenção deste porte representa para o universo das artes do malabarismo, do circo e da arte de rua um momento de convivência e intercâmbio de experiências e conhecimento entre diversos artistas originados de diversas partes do mundo. O professor Dr. Fabio Dal Gallo, da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (Ufba), e um dos organizadores do evento, conta que “apesar de ter um destaque na técnica do malabarismo, a convenção reúne artistas que dominam técnicas diferenciadas que não se fecham ao mundo do circo, mas incluem também teatro, dança e música”.
Vale ressaltar que o evento não é somente direcionado para artistas experientes. Além das oficinas dedicadas a este público, também haverá oficinas para os artistas iniciantes e apresentações de números e cenas ao público em geral, como o momento dos cabarés, do palco aberto e da noite de gala. Um momento de reflexão artística será reservado para críticas advindas das apresentações dos espetáculos.
Dal Gallo destaca que “a Convenção de Malabarismo, Circo e Arte de Rua colabora para formação artística dos participantes em múltiplos aspectos, contribuindo também para a formação de plateia com apresentações de espetáculos, sem excluir o seu aspecto lúdico que se faz notar durante as competições e jogos organizados”.

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O Vale do Capão: Realizar a Convenção no Vale do Capão nãofoi mero acaso. O local fornece atributos fortes para estreitar o elo entre as técnicas circenses e o meio ambiente. “As artes circenses lidam com o corpo, com o virtuosismo e se constituem como uma atividade que se aproxima ao que pode ser denominado de meditação ativa. Em função deste aspecto, um espaço naturalmente rico como a Chapada Diamantina propicia esta relação entre o artista e a natureza, promovendo um bem estar psicofísico que colabora com os resultados que podem ser alcançados através do treino e da prática de técnicas que lidam com a superação de limites”, esclarece o professor Dal Gallo.

 

Além disso, lá está localizado o Circo do Vale do Capão, local onde será sediada a Convenção, que de acordo com o professor é um dos poucos espaços existentes na Bahia que é capaz de abrigar, tanto espacialmente, como estruturalmente, um evento de tamanho porte, o qual contará com centenas de malabaristas, artistas circenses e artistas de rua.

 

As Oficinas: Como foi dito anteriormente, o evento abrange um público bastante diverso. Por conta disso, a organização pensou em montar dois tipos de oficinas: um tipo direcionado para iniciantes e pessoas que despertam algum interesse pela arte circense, malabares e arte de rua, são “oficinas no qual o aspecto lúdico do fazer circense é enfatizado e buscam fomentar o interesse dos participantes para as técnicas, sem se preocupar apenas com resultado técnico-artístico”, diz o professor. Elas podem trazer atividades de malabarismo, equilibrismo, disciplinas aéreas, acrobacia e fundamentos de dança e teatro.

 

E outro tipo é voltado para os artistas profissionais que estarão lá presentes, aqui o principal objetivo é de aperfeiçoar suas aptidões artísticas e técnicas. “Estas oficinas são direcionadas a um público experiente e contam com a presença de artistas renomados internacionalmente que ministram atividades direcionadas à formação avançada e à busca de resultados técnico-artísticos que possam contribuir para aprimorar o desempenho dos participantes e propiciar novos processos de criação”, explica o professor Dal Gallo.

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Convivência participativa: O professor Fabio Dal Gallo explica que ao contrário de festivais, na convenção, os artistas poderão interagir, participar, trocar experiências e conhecimento, ao invés de somente se apresentarem e assistirem espetáculos. Para que esta finalidade seja atingida, foram criados alguns momentos dentro do próprio festival, os quais ele destaca:

A noite de Gala – é o momento artisticamente mais relevante da Convenção; trata-se de um espetáculo apresentado por artistas profissionais renomados, muitos dos quais atuam em âmbito internacional, e que, além de permitir aos participantes da Convenção de apreciar números e cenas de alta qualidade artística, permitem ao grande público entender os resultados que podem ser alcançados através do malabarismo, das técnicas circenses e das artes de rua.

Noite de Fogo e Luz – trata-se de uma atração que se inicia com um espetáculo apresentado por artistas profissionais, o qual se baseia predominantemente na utilização da técnica de malabarismo com fogo ou de objetos luminosos. Após o espetáculo inicial, o espaço estético é aberto para a participação de pessoas que queiram apresentar sua performance. Sem dúvida, dado a espetacularidade do malabarismo tanto com fogo quanto com objetos luminosos, e graças também ao acompanhamento musical, a noite de luz e fogo é um dos momentos mais sugestivos da convenção.

Palco Aberto – trata-se de um momento da convenção no qual os artistas têm a possibilidade de apresentar o resultado de processos criativos independentes. O picadeiro, ou palco, recebe artistas que querem apresentar números ou cenas ao público. Neste tipo de espetáculo, que se constitui como um espetáculo de variedades, não existe uma direção ou ensaio prévio. O roteiro é improvisado a partir das solicitações de artistas que são também parte do público.

Renegados – é um espetáculo que se constitui também como espaço festivo e de experimentação o qual é caracterizado, principalmente, pela informalidade. Tem semelhança com o palco aberto, mas o Renegados, é o momento onde os participantes da convenção, como artistas e o público em geral, podem apresentar números ou cenas que ainda estão em processo criativo ou em fase de aprimoramento, sem se preocupar com a sua qualidade estética e artística. É um espaço que permite mostrar criações e habilidades e obter um parecer do público.  Este tipo de espetáculo não tem um horário predefinido. Geralmente, acontece no turno noturno e se prolonga até que existam pessoas que desejam se apresentar.

Feira Mix – é o espaço de venda de material e de troca de experiências. Na Feira Mix os participantes da convenção e o público que assiste aos espetáculos têm a possibilidade de encontrar instrumentos para a prática de técnicas circenses, elementos de caracterização como figurinos e maquiagem etc. Os stands presentes disponibilizam também informações sobre os instrumentos no que se refere à construção, manutenção e utilização. É um ambiente que permite as relações interpessoais a partir dos instrumentos e aparelhos utilizados por malabaristas, artistas de circo e artistas de rua.

Cortejo – trata-se do momento de maior interação entre os participantes da convenção e a comunidade. O cortejo é uma passeata na qual todos os participantes percorrem um trajeto fora do espaço da convenção realizando alguma atividade artística. É um evento muito colorido, acompanhado de músicas, danças, performances, números circenses no qual, com atmosfera carnavalesca, malabaristas, equilibristas, palhaços, buscam levar a alegria da convenção pelas ruas da cidade.

Luau no Circo – É um momento de socialização festiva. Acontece à noite, após um dia repleto de atividades, treino, espetáculos, com a presença de música ao vivo, fogueira, comidas e bebidas típicas; é uma ocasião em que é possível conhecer pessoas e encontrar ou reencontrar amigos, fora do espaço propriamente dito da prática artística.
O projeto foi contemplado pelo Demanda Espontânea do Fundo de Cultura 2011, e é realizado pela Malabares Mágicos.

Serviço:

O quê: 3ª Convenção Baiana de Malabarismo, Circo e Arte de Rua
Quando: no período de 25 a 29 de janeiro de 2012
Onde: Circo do Capão (Vale do Capão- Chapada Diamantina/Bahia)
Quanto: R$70,00 da inscrição.
Maiores informações:

www.convencaobaiana.com.br
contato@convencaobaiana.com.br

*Estudante de Produção Cultural da Faculdade de Comunicação da Ufba – Facom

 

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