Agricultura rentável e meio ambiente: vantagens do plantio amigável são tema de debate nesta quinta (25)

Live será nesta quinta-feira (25), às 17h, no Instagram @guardioesdachapada

Como garantir o sucesso agrícola, reduzir os danos ao meio ambiente e preservar os polinizadores? As respostas para esta questão estão na live desta quinta-feira (25), às 17h, no Instagram @guardioesdachapada, projeto vinculado ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estudos Inter e Transdisciplinares em Ecologia e Evolução (INCT IN-TREE). Nessa edição da série “E se os polinizadores entrassem em quarentena?”, os pesquisadores Danilo Boscolo e Tatiana Souza apresentam estudos científicos sobre formas mais amigáveis de plantar, como a produção orgânica (sem agrotóxicos e sem adubos químicos), realizada em lotes menores e com resultados positivos.

Segundo os pesquisadores, plantios dessa natureza são benéficos tanto para a conservação dos polinizadores quanto para os produtores. Os estudiosos explicam que, em cultivos menores, podem existir áreas naturais que garantam a permanência dos polinizadores. “Assim, as abelhas, por exemplo, não correm o risco de serem afetadas por agrotóxicos e morrerem, além de terem, na área natural, disponibilidade de outros elementos necessários para a vida da colmeia, como as resinas vegetais produzidas pelas árvores que são usadas para a elaboração de ninhos”, detalham.

Boscolo e Souza ressaltam que há vantagens também para os produtores, que ao ficarem menos expostos aos agrotóxicos reduzem a chances de adquirir determinadas doenças. Além disso, com as cooperativas para a venda de produtos orgânicos, a venda pode se tornar mais fácil e rentável. De acordo com o Ministério da Agricultura (2018), os cultivos familiares representam 84% dos estabelecimentos agrícolas brasileiros: “Nesse cenário, os cultivos orgânicos e de pequeno porte parecem uma opção viável. Portanto, acreditamos que é possível modificar nosso sistema de cultivo para tornar nossas paisagens mais amigáveis para todas as formas de vida e, em especial, para nós mesmos a longo prazo”, analisam os pesquisadores.

Conhecendo o projeto Guardiões da Chapada
O projeto de ciência cidadã Guardiões da Chapada é uma realização da Rede de Pesquisa, Ensino e Extensão para Uso e Conservação de Polinizadores e dos Serviços de Polinização – Polinfrut, vinculado ao INCT IN-TREE e coordenado por Blandina Viana.  Com a intenção e conservar o serviço de polinização e a diversidade de polinizadores, os cidadãos são convocados a fazer parte da pesquisa. De forma voluntária e consciente, os participantes produzem registros fotográficos dos animais nas flores, em ambientais naturais, urbanos e agrícolas, alimentando um rico banco de dados. O polinizador mais conhecido é a abelha, mas insetos como besouros, moscas, vespas e mariposas também realizam esse papel. Além dos morcegos e pássaros.

“A transferência de grãos de pólen entre as flores realizada por animais polinizadores é um serviço ecossistêmico chave para manutenção da biodiversidade e segurança alimentar. O declínio de polinizadores pode comprometer a manutenção de serviços ecossistêmicos, reduzir a biodiversidade e a produção agrícola”, explica Blandina Viana.

O projeto foi criado em 2015, envolvendo estudantes e professores da UFBA e  representantes de diversos setores das comunidades locais dos municípios de Mucugê, Lencóis e Ibicoara. De maneira colaborativa, já foram produzidas cartilhas e jogos, realizadas Bioblitz (coleta massiva de dados em campo) e diversas oficinas sobre polinização e polinizadores. Em paralelo, o projeto vem utilizando as redes sociais, Facebook (facebook.com/guardioesdachapada) e Instagram (@guardioesdachapada) e Youtube (Guardiões da Chapada), para promover suas ações e divulgar informações de base científica sólidas, para o público em geral.

Serviço
O que: edição da série de lives “E se os polinizadores entrassem em quarentena?”

Quando: nesta quinta, 25, às 17h

Onde: instagram @guardioesdachapada.

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