Agricultura sustentável abre última temporada da série “E se os polinizadores entrassem em quarentena?”

Cafeicultora da Chapada Diamantina prova é que é possível unir sustentabilidade e lucro

Nesta quinta-feira (20) acontece a primeira live da terceira e última temporada da série “E se os polinizadores entrassem em quarentena?”, promovida pelo projeto Guardiões da Chapada, vinculado ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estudos Inter e Transdisciplinares em Ecologia e Evolução – INCT IN-TREE.  Às 17h, no Instagram @guardioesdachapada, a pesquisadora Juliana Hipólito conversa com a cafeicultura Tadeane Pires Matos que enfrentou tradições agrícolas de mais de três gerações para implantar práticas de sustentabilidade em sua propriedade na Chapada Diamantina, na Bahia. (Veja a reportagem completa sobre a história de Tadeane e agricultura sustentável aqui)

Nesta terceira temporada da série de lives, intitulada “Guardiões ouvindo praticantes”, pesquisadores do INCT IN-TREE irão entrevistar pessoas que  atuam no setor produtivo (produtores rurais, meliponicultores, apicultores), na extensão rural, em politicas públicas e na educação nos estados da Bahia e  Sergipe. A intenção é conhecer e divulgar as experiências dos realizadores que transformam suas respectivas regiões e ressignificam o seu ofício.

Segundo uma das fundadoras do projeto Guardiões da Chapada e professora titular do Instituto de Biologia da UFBA, Blandina Viana, as lives consistem  em uma atividade de divulgação cientifica que têm por objetivos principais compartilhar conhecimentos de base cientifica e experiências de praticantes sobre temas diversos relacionados aos polinizadores e ao serviço ecossistêmico da polinização, Além disso, há a pretensão e ampliar o número de colaboradores vinculados ao INCT  IN-TREE e fortalecer a comunicação com o público em geral. “Partimos do princípio de que a interação com público oferece oportunidades para o desenvolvimento de novas estratégias e habilidades de comunicação, sendo um exercício salutar em um mundo no qual a informação de qualidade se faz necessária para tomada de decisão”, explana Blandina Viana.

Para alcançar os objetivos propostos, a série de lives “E se os polinizadores entrassem em quarentena?”  foi dividida em 3 temporadas, cada uma com 6 seções de bate-papo ao vivo no canal do Instagram do projeto Guardiões da Chapada. Na primeira temporada, denominada Ciência, Polinizadores e Sociedade, os pesquisadores do INCT IN-TREE conversaram entre si sobre conhecimentos científicos gerados no âmbito dos seus projetos de pesquisa, com o intuito de democratizar o acesso do público a esses conhecimentos.

Na segunda temporada, intitulada Guardiões Convida Especialistas, foram realizadas entrevistas com pesquisadores sobre temas atuais, sugeridos pelo público, relacionados à polinização e aos polinizadores. Na última e  terceira temporada, Guardiões Ouvindo Praticantes, que começa nesta quinta, dia 20 de agosto, pesquisadores do INCT IN-TREE irão conversar com os profissionais que atuam diretamente com as práticas relacionadas ao universo da polinização. “Nessa terceira temporada, avançaremos para um diálogo transdisciplinar que atravessa fronteiras disciplinares e acadêmicas, conectando conhecimento acadêmico interdisciplinar a outros tipos de conhecimento, os dos praticantes, para gerar reflexões críticas sobre uso desses conhecimentos na resolução de problemas do mundo real”, comemora Blandina Viana.

Essa forma de trabalho cultivada pelo INCT IN-TREE, a chamada ciência cidadã, consiste numa abordagem da ciência participativa que entusiasma cientistas veteranos e também jovens pesquisadores, como a bióloga e doutoranda Caren Queiroz, que também  coordena o projeto Guardiões da Chapada. Pesquisadora do instituto e organizadora da série de lives, Caren considera muito produtiva a articulação entre divulgação científica e o envolvimento do cidadão comum no próprio processo de construção do saber, através da coleta e registro de dados, entre outras ações. “Promover as lives vai no sentido de uma comunicação pública da ciência, mas priorizando a perspectiva do diálogo em detrimento do formato padrão de palestras”, assegura Caren.

Conhecendo o projeto Guardiões da Chapada
O projeto de ciência cidadã Guardiões da Chapada é uma realização da Rede de Pesquisa, Ensino e Extensão para Uso e Conservação de Polinizadores e dos Serviços de Polinização – POLINFRUT, vinculado ao INCT IN-TREE e coordenado por Blandina Viana.  Com a intenção e conservar o serviço de polinização e a diversidade de polinizadores, os cidadãos são convocados a fazer parte da pesquisa. De forma voluntária e consciente, os participantes produzem registros fotográficos dos animais nas flores, em ambientais naturais, urbanos e agrícolas, alimentando um rico banco de dados. O polinizador mais conhecido é a abelha, mas outros insetos como besouros, moscas, vespas e mariposas

O projeto foi criado em 2015, envolvendo estudantes e professores da UFBA e  representantes de diversos setores das comunidades locais dos municípios de Mucugê, Lencóis e Ibicoara. De maneira colaborativa, já foram produzidas cartilhas e jogos, realizadas Bioblitz (coleta massiva de dados em campo) e diversas oficinas sobre polinização e polinizadores. Em paralelo, o projeto vem utilizando as redes sociais, Facebook (facebook.com/guardioesdachapada) e Instagram (@guardioesdachapada) e Youtube (Guardiões da Chapada), para promover suas ações e divulgar informações de base científica sólidas, para o público em geral.

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Serviço
O que: terceira e última temporada da série de lives “E se os polinizadores entrassem em quarentena?”

Quando: às quintas feiras (20/08, 27/08, 03/09), às 17h

Onde: Instagram @guardioesdachapada.

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