Biblioteca Caravelas encerra ocupação na Cañizares

A Biblioteca Caravelas é fruto da tese de doutorado de Cristiano Piton e ocupava a Cañizares desde 13 de setembro

Por: Kelven Figueiredo

 

Encerra nesta sexta-feira (23) a ocupação da Biblioteca Caravelas na Galeria Cañizares da UFBA. A Biblioteca é fruto da tese de doutorado do professor da Escola de Belas Artes da UFBA (EBA) e doutorando em Processos Criativos pelo Programa de Pós Graduação em Artes Visuais e Artista, Cristiano Piton. A ocupação começou no dia 13 de setembro e durante o período, o pesquisador realizou diversas oficinas.

No encerramento, foi promovido “O primeiro grande torneio de dominó da Escola de Belas Artes da UFBA”. Segundo Piton, a ideia de montar um torneio de dominó se deu porque, durante o período da ocupação, o som das pedras na mesa era constante em suas oficinas.

“Para trabalhar com meu processo, eu decidi fazer livros. A partir desses livros eu comecei a fazer bibliotecas, então atualmente o meu projeto se concentra na confecção de bibliotecas e de livros que levem ao diálogo, que provoquem determinadas situações”, revela Cristiano. Segundo ele, os livros se transformam em performances, intervenção urbana e em instalação. “ São livros objetos e que de alguma forma estabelecem estratégia de diálogos entre as pessoas”, explica.

 

Apesar de ser a primeira vez que expõe seu trabalho em galeria, Cristiano deixa claro que “esses objetos não se destinam apenas a serem objetos de exposição e galeria”. Tratam-se de objetos vivos que ganham as ruas, congressos, intervenções urbanas e até mesmo as salas de aula.

A ocupação começou no dia 13 de setembro e, durante o período de exposição, foram realizadas oficinas diversas ministradas pelo próprio artista.  As oficinas tinham suas temáticas inspiradas nas próprias obras do professor e em seus livros expostos na Galeria. Entretanto, o artista garante que a própria exposição não é fixa. Os objetos estavam em constante movimento e era possível encontrar coisas diferentes todos os dias no espaço.  Os  resultados das oficinas se tornavam objetos artísticos em exposição, numa espécie de amostra conjunta ao público. “É uma exposição que pretende ser viva” afirma Piton.

 

Assim como a ocupação, a Biblioteca Caravelas também não é fixa. Os lugares onde a biblioteca vai surgir são um segredo, mas o artista dá uma dica valiosa para quem tem interesse em acompanhar ou mesmo conhecer seu trabalho: “Eu tenho andado muito pelo Santo Antônio Além do Carmo. E tem um blog chamado Meu Pé de Maracujá”. No blog tem as informações de todo o processo de construção de sua tese de doutorado, livros, fotos do cotidiano do artista, resultados de oficinas, GIFs animados e muito mais.   

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