Livro sobre vocabulário temático do Candomblé é lançado no MAFRO

A publicação serve como instrumento para compreensão da formação cultural brasileira e combate à intolerância religiosa             

Por Kelven Figueiredo

 

No próximo dia 02 de junho, a partir das 16h30, acontece o lançamento do livroYORÙBÁ – VOCABULÁRIO TEMÁTICO DO CANDOMBLÉ” no MAFRO-UFBA. Escrito por Márcio de Jagun, o livro é a primeira publicação que registra expressões do linguajar popular e religioso de Candomblé  de origem yorubá em português.

O livro é fruto da parceria entre a UERJ, o Instituto Orí e a Editora Litteris e seu lançamento integra o ciclo comemorativo dos 35 anos do museu. Na ocasião haverá palestra do autor e sessão de autógrafo. A aquisição do material poderá ser feita através de pagamento em espécie ou cartão de crédito.

A obra é dividida em 50 capítulos e conta com 10 mil verbetes organizados em 1.500 páginas, disponibilizados em Yorubá/Português e em Português/Yorubá com explicações filosóficas e teológicas do culto de origem yorubana. Temas como ervas rituais, divindades, saudações, elementos da natureza são tratados de forma didática, facilitando a pesquisa dos leitores.

O livro contribui como instrumento para compreensão da formação cultural brasileira, e é uma importante ferramenta para o combate à intolerância religiosa e para aplicação da Lei 10.639/03 que trata do ensino da história, da cultura afrobrasileira e africana nas escolas públicas.

Márcio de Jagun é Bàbálórìà do Ilé Àṣẹ Àiyé balúwáiyé (descendente da Casa de Oxumarê-BA), advogado, professor, escritor, consultor do Programa de Estudos e Pesquisas das Religiões (PROEPER/UERJ), tendo ministrado diversos cursos sobre cultura, religiosidade e idioma yorubá no Centro de Produções da UERJ (CEPUERJ/UERJ).

Também é conferencista, articulista e autor dos seguintes livros: Orí – a Cabeça como Divindade; Ewé – a Chave do Portal; e Candomblé: Casa de Santo, Casa da Gente. No ano de 2000, iniciou na militância contra a intolerância religiosa e contra o clientelismo religioso. Em 2013 foi um dos fundadores da Associação Nacional da Mídia Afro – ANMA, ano que também  foi convidado para participar das discussões de elaboração do Plano Curricular de Ensino Afro-Religioso da Rede Municipal do Rio de Janeiro.

 

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