‘Pele Negra, Máscaras Brancas’, da Cia. de Teatro da UFBA, será encenada no TCA

A peça será apresentada no próximo domingo (14), na Sala Principal do Teatro Castro Alves

O espetáculo “Pele Negra, Máscaras Brancas”, montado pela Cia. de Teatro da UFBA, é a atração do projeto Domingo no TCA do mês de julho. A peça será apresentada no próximo domingo (14), na Sala Principal do Teatro Castro Alves.

Com dramaturgia de Aldri Anunciação, a montagem é a primeira da Cia. de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA) encenada por uma diretora negra, Onisajé (Fernanda Júlia), e tem elenco de 10 atores também negros.

“O convite para ir ao TCA é a possibilidade de colocar esse espetáculo num equipamento público para uma plateia que, geralmente, não se vê representada em grandes palcos”, comemora Onisajé, cujo trabalho teve codireção de Licko Turle.

Durante temporada em março e abril no Teatro Martim Gonçalves, o espetáculo foi assistido por 2,5 mil espectadores.

A apresentação acontecerá às 11h, com ingressos a R$ 1 (inteira) e R$ 0,50 (meia), vendidos apenas no dia do evento, a partir das 9h, com acesso imediato à plateia do teatro.

Sobre a peça
A montagem traz o próprio Frantz Fanon como personagem no ano de 2019 defendendo novamente sua tese de doutorado, rejeitada pela banca examinadora no ano de 1950 – Pele Negra, Máscaras Brancas, obra que atualmente é referência mundial para discussão sobre o racismo. Dois artistas interpretam esta personagem, Victor Edvani – ator preto e cisgênero – e Matheuzza Xavier – atriz, transgênera e preta.

Além do próprio Fanon, a obra traz uma família formada por seis personagens-tese que vivem em 2888. Nesse tempo-espaço, essas personagens desenvolvem as perspectivas ocidentalizadas de futuro para o negro e estão enclausuradas em uma casa devido a personagem Taiwo ter sido infectada pela “náusea do deejo de saber-ser” e, por isso, ultrapassado os limites impostos pelo “Regime Único Mundial”.

Assim como Taiwo outras personagens da sua família já tinham sido infectadas em outros momentos pela “náusea do desejo de saber-ser” e invadiram a velha biblioteca que possui informações a respeito do processo africano pré-colonial. Manter esses livros/informações distante do povo negro, que foi colonizado e vem tendo sua memória escondida e apagada, é uma forma de controle sob os seus corpos.
Serviço
O quê: “Pele Negra, Máscaras Brancas”
Onde: Sala Principal do Teatro Castro Alves
Quando: 14 de julho de 2019 (domingo), 11h
Quanto*: R$ 1,00 (inteira) e R$ 0,50 (meia)
* Vendas somente no dia, a partir de 9h, com acesso imediato do público.

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