Caruru e estreia de espetáculo marcam as comemorações pelos 60 anos da Escola de Dança

“A Escola de Dança que nasceu pioneira, permanece pioneira”, afirma a diretora da Escola, Dulce Tamara

                                                                                                                                           Por Kelven Figueiredo e Lucas Arraz

Nesta sexta-feira (16) a Escola de Dança da UFBA completa 60 anos. A celebração conta com um caruru e a estreia do espetáculo “Cuspe, Paetê e Lantejoulas” do Grupo de Dança Contemporânea (GDC), às 19h. As atividades acontecem no prédio que abriga o primeiro curso superior de Dança do país.

“A Escola sempre foi pioneira. Ela foi, há 60 anos, e permanece com esse espírito de vanguarda”, declara Dulce Tamara, diretora da Escola de Dança, que conclui: “Por 28 anos fomos o único curso superior de dança no país, apenas em 84 surgiram mais dois”. Atualmente, a Escola se prepara para  lançar o primeiro curso a distância do Brasil. A unidade também conta com o único mestrado na área de Dança do país.

“A Escola de Dança que nasceu pioneira, permanece pioneira”, reafirma a diretora  ao falar sobre  o primeiro curso EAD da unidade como uma conquista que vai levar o ensino da Dança para cidades do interior da Bahia e escolas de ensino fundamental e médio.

 

A expansão do projeto de ensino em Dança além de teórica também será física. Durante as comemorações dos 60 anos, a Escola também inaugura parte do seu novo prédio. A ala terá três grandes novos banheiros, incluindo um para portadores de necessidades especiais e mais dois salões de dança para aulas em semestres futuros. Procurado para falar sobre a obra, o coordenador de manutenção da UFBA, Edvaldo Nascimento, garantiu que o projeto foi feito em um ritmo muito maior do que normalmente ocorre dentro da universidade.

Mas se engana quem pensa que apenas dançarinos saem da Escola. Guego Anunciação é formado em licenciatura em Dança e hoje, matriculado no bacharelado, trabalha no espetáculo “Cuspe, Paetê e Lantejoulas” não como dançarino, mas como produtor: “Na faculdade, a gente se descobre. Descobre que pode trabalhar de diversas maneiras. Podemos trabalhar em dança, mas com a parte de figurino, iluminação ou produção”.

Aptidão – Recentemente o ingresso para os cursos superiores em Dança foram reformulados. A retirada da antiga prova de aptidão que restringia a entrada no curso a pessoas com habilidade prévia na área é um exemplo dessa reformulação. Para Guego Anunciação,a decisão foi bem vinda. Segundo ele, a iniciativa torna o espaço mais democrático e reafirma o perfil da Escola que procura não só ensinar técnicas de Dança.

Para o professor Lucas Valentim , a dança é a arte de movimentar e conhecer o próprio corpo. O que justifica a retirada do teste de aptidão. Junto com a professora Lulu Pugliese, ele coordena o GCD e dirige o espetáculo Cuspe, Paetê e Lantejoulas. “O trabalho se afunilou em duas questões: erotismo e  violência”, declara o professor sobre a apresentação que estreia na sexta-feira, 16, e segue com apresentações nos  dias 17, 19, 20, 29.

O Grupo de Dança Contemporânea foi fundado em março de 1965 por professores e alunos do curso de Dança com o intuito de formar alunos em uma área específica da dança. O estilo de dança trabalhada no grupo muda anualmente, juntamente com seus professores tutores. “O GDC é um projeto acadêmico laboratorial formativo”, explica Dulce que conclui: “O GDC não é só extensão, mas também pesquisa e ensino”.

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