Terceiro dia de ENECULT 2025 | 13 de agosto
Por Cleo Assis
A partir da última quarta-feira, 13, o ENECULT acontece presencialmente. Desta vez, o dia começou com o credenciamento dos participantes e as boas-vindas ao público feitas pelo reitor da UFBA, Paulo Miguez, pela coordenadora do Cult Sophia Rocha e a vice coordenadora do Cult Gleise Oliveira no auditório da Facom. Vale lembrar que a programação se encontra no site do Grupo Cult, detalhando os GTs e horários do dia. Todas as mesas possuem interpretação em Libras. A seguir, o que aconteceu durante esta quarta-feira.
Às 9h30, Eliete Paraguassu (PSOL) deu início à mesa “Cultura e ação climática para futuros sustentáveis”. A vereadora, nascida e criada na região da Baía de Todos os Santos, denunciou o racismo ambiental sofrido pelas comunidades da Ilha de Maré e exibiu um trecho de “Assassino Invisível – Lixo Industrial”. O documentário aborda a população afetada pelas indústrias e refinarias de petróleo na baía. Gustavo Vidigal (C de Cultura) seguiu com a apresentação do projeto “Cultura e Clima”, voltado à integração da cultura à agenda climática global, Thaynah Gutierrez (Rede por Adaptação Antirracista e OC) abordou cultura e mudança climática nos meios urbanos e processos de gentrificação, com foco em comunidades periféricas, negras e quilombolas. A mediação foi de Lia Calabre (FCRB/MinC), que relacionou as falas às dívidas históricas das questões climáticas e suas consequências atuais. Por fim, a mesa incluiu um vídeo com depoimentos de comunicólogos de várias partes do país falando sobre questões climáticas, ambientais e culturais.
Na sequência, a mesa “Pactuação federativa nas políticas culturais: trilhas para planos de cultura”, contou com Sophia Rocha (UFBA/CULT) que discorreu sobre políticas sistêmicas, relações de autonomia nos estados brasileiros e a criação de iniciativas culturais e federativas. Francisco Humberto Cunha Filho (UNIFOR/IBDCult) também esteve presente, analisando o contexto histórico do Brasil e considerações em relação à ausência de elaboração governamental para fomentar políticas culturais desde cedo. Letícia Schwarz (SGE/MinC) e Roberta Martins (SAFC/MinC) falaram sobre a elaboração do direito cultural a partir do PNC e sua importância para o pacto federativo, além da necessidade de requalificação democrática no país. A mediação foi feita por Alexandre Barbalho (UECE), que comentou como as preocupações políticas e culturais estão relacionadas aos governos vigentes e suas consequências à população.
Foto: Lane Silva