Confira o que aconteceu no primeiro dia de ENECULT 2025 | 11 de agosto
Por Cleo Assis
As boas-vindas à vigésima primeira edição do ENECULT iniciaram-se , no dia 11 de agosto, às 9h. A mesa contou com a participação de Delmira Nunes, Sophia Rocha (UFBA) e Luiza Ninov, que contaram um pouco da trajetória do ENECULT e o que esperar este ano do evento. A programação do evento está disponível no site do Grupo Cult e as mesas contam com interpretação em Libras.
Durante a manhã, Albino Rubim (UFBA), Carlos Yañez (UNC) e Rubens Bayardo (EIDAES-UNSAM) participaram da mesa “Culturas y democracias en America Latina”. A mesa, introduzida por Albino, que questionou a fragilização do campo cultural educacional no país e seu processo de recuperação. Carlos Yañez seguiu com o tema, desta vez, pela ótica colombiana, e suas questões atuais, que buscam romper o histórico de autoritarismo no país. Por fim, Rubens Bayardo fez uma análise do período pós-ditatorial da Argentina, em busca da restauração democrática no país.
A programação da tarde, seguiu com a mesa “Redes sociais e novas formas de dominação: da apropriação de corpos aos regimes de exceção”. Nela, a profa. Carla Risso (UFBA) discorreu sobre a comunicação como meio de manobra na ascensão da extrema-direita no mundo e seu caráter agressivo, que utiliza de dogwhistles à comunidade neonazista. Na sequência, Jorge Garcia (USC) discorreu sobre páginas virtuais em que culturas opressoras e extremo direitistas se sentem confortáveis. O docente também relacionou o tema num contexto de consumidores de pornografia e prostituição em páginas virtuais, com o objetivo de analisar a reconfiguração global desse tipo de conteúdo como catalisador de um problema estrutural. Posteriormente, Rita Aragão (UFBA) relacionou a “morte da democracia” com a proximidade de comportamentos atuais da extrema-direita com a história, como no nazismo e no facismo. A pesquisadora também assimilou a potência da tecnologia como uma das ferramentas que impulsiona discursos de ódio e comportamentos autoritaristas.
A mesa “Política Nacional das Artes (PNA): proposições e desafios” encerrou a programação do primeiro dia do ENECULT. O grupo contou com Beth Rangel (UFBA), Daniele Canelo (OBEC/UFBA/UFRB), Leonardo Lessa (Funarte/MinC) e foi mediado por Gisele Nussbaumer (FACOM/CULT/UFBA). Leonardo Lessa, iniciou a apresentação, mostrando parte da linha do tempo e os princípios do ‘Brasil das Artes’, programa cultural que visa orientar a implementação de políticas públicas no campo cultural. O gestor cultural também entrou em detalhes do projeto e sua importância para o país. Em seguida, Beth Rangel apresentou o Programa Nacional de Mediação Artística, focado em objetivar o acesso e direito à cultura infantojuvenil. Ela, que também é vice-coordenadora do programa, acentuou a importância das linhas de pesquisa e ação. Por fim, a profa. Daniele Canedo finalizou a mesa com sua apresentação da “Política Nacional das Artes e o pacto federativo”. O projeto de pesquisa visa gerar evidências para subsidiar processos no campo das políticas públicas, especialmente na arte, cultura e economia criativa