Desenvolvimento da cultura, formação e parceria: destaques na abertura do Seminário Cultura e Universidade

*Por Janaína Rocha – RRBA/SE/MinC

 

Mais de 350 pessoas participaram da abertura do I Seminário Cultura e Universidade – Bases para uma política nacional de cultura para as Instituições de Ensino Superior, que começou nesta segunda-feira, 22, em Salvador. O evento é uma realização do Ministério da Cultura, em parceria com a Universidade Federal da Bahia e o Fórum de Pró-reitores de Extensão.

Dividido em cinco mesas temáticas e sete grupos de trabalho, o Seminário segue até quarta-feira , 24, envolvendo diversos segmentos do governo e universidades. A secretária Executiva Adjunta do Ministério da Cultura (MinC), Renata Monteiro, integrou a mesa oficial, representando a secretária Executiva do MinC, Jeanine Pires.

Também formaram a mesa de abertura o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Paulo Speller; o secretário da Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Oswaldo Barba; a reitora da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Dora Leal; a presidente do Fórum de Pró-Reitores de Cultura e Extensão, Sandra de Deus; a deputada Alice Portugal; a representante da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, Laura Bezerra; e o representante da União Nacional dos Estudantes (UNE), Rafael Barreira.

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Para a secretária Executiva Adjunta do Ministério da Cultura, Renata Monteiro, a realização do I Seminário Cultura e Universidade reflete o esforço do MinC em construir uma política nacional de cultura junto às Instituições de Ensino. “Criamos uma Diretoria de Educação e Comunicação para a Cultura para fortalecer a pauta da Cultura na Educação. Além disso, o Mais Cultura nas Escolas terá um investimento de R$ 100 milhões em cinco mil projetos culturais dentro de escolas públicas, através dessa importante parceria com o Ministério da Educação”, afirmou a secretária.

O Acordo de Cooperação firmado entre o Ministério da Cultura e o Ministério da Educação reflete, para o secretário Paulo Speller, um compromisso do MEC com a Cultura não só no âmbito do Ensino Superior.

“É um processo de inclusão maior, no sentido de que o avanço das universidades federais nos interiores do Brasil alavanca processos culturais mais profundos, mobilizando municípios a construírem seus planos, seus sistemas de cultura, e a demandarem mais de nós nesse processo”, apontou Speller. “O ProExt[Programa de Extensão Universitária], nesse sentido, vem crescendo e ocupando, inclusive materialmente, o lugar de articulação e realização dessas ações, que nos unem com tanta responsabilidade à Cultura.”

Há cerca de dois anos e meio, o ProExt vem dialogando, junto ao MinC, sobre a proposta deste Seminário.  “Não estamos partindo do zero; ao contrário, este é um momento de crescimento e de conquista, com a parceria entre MinC e MEC nas universidades”, apontou a presidente do Fórum de Pró-Reitores de Cultura e Extensão, Sandra de Deus.

A parceria entre os ministérios também foi celebrada pela reitora da Universidade Federal da Bahia, Dora Leal, que reforçou o aspecto da otimização de recursos, mas também expôs uma fala inspirada sobre a necessidade da Cultura na formação do homem: “A vida é muito mais do que ser um médico, um advogado, um especialista. Compreendemos que a educação é trabalhar o homem em sua dimensão plural”.

Na pauta – Formação foi um assunto forte da pauta, que será levado adiante até o fim do Seminário, através de tópicos importantes como a formação e qualificação de gestores da cultura, conforme salientou a presidente do Fórum de Pró-Reitores de Cultura e Extensão.

Na abertura da mesa, o secretário da Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTi), Oswaldo Barba, informou que os Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs) – em expansão – poderão ser um “ponto importante de apoio” à Cultura e Educação para a formação de agentes culturais e pontos de cultura.

Os CVTs hoje são unidades de ensino e de profissionalização, voltados para a difusão do acesso ao conhecimento científico e tecnológico. Ele apontou ainda que os centros envolvem universidades e municípios, podendo assim contribuir para a constituição dos sistemas municipais de cultura.

Em relação à formação, a UNE apresentou o Guia Prático para a formação do Cuca, com a expectativa de “sair daqui com uma agenda bastante propositiva para a cultura na universidade”, segundo o representante Rafael Barreira.

A Bahia, através da Secretaria de Cultura do Estado, está na segunda edição do edital voltado especificamente para Formação e Qualificação na área cultural, conforme apontou a representante Laura Bezerra.

Outra experiência regional no campo das políticas culturais de formação na universidade é a série Diálogos Culturais, uma parceria da Representação Regional do MinC na Bahia e Sergipe e da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). “Desde o ano passado, abrimos um diálogo dentro da universidade para os debates sobre políticas públicas de cultura, visando mais qualificação para o estudante”, informou Monica Trigo, chefe da Representação Regional do MinC na Bahia e Sergipe.

 

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