Pesquisadores do INCT IN-TREE realizam lives sobre importância da polinização

O evento acontece às quintas-feiras, de hoje até o dia 18 de junho, às 17h

Por Claudiane Carvalho

“E se os polinizadores entrassem em quarentena?” A provocação é feita por pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Estudos Inter e Transdisciplinares em Ecologia e Evolução (INCT IN-TREE) e será respondida por meio de uma série de bate-papo, às quintas-feiras, a partir das 17h, no instagram @guardioesdachapada, até o dia 18 de junho. O objetivo da iniciativa é abordar a triádica relação entre ciência, polinização e sociedade, por meio de perspectivas como agricultura e conservação, polinizadores e ambientes urbanos, entre outros.

Na abertura da série, as pesquisadoras Blandina Viana, professora titular do Instituto de Biologia, e Caren Queiroz, doutoranda em Ecologia, abordam o papel da ciência na proteção dos polinizadores. O alerta é contra práticas agrícolas convencionais que eliminam fontes alimentares dos polinizadores, por meio da destruição de seu habitat e pelo uso abusivo de agroquímicos. A proposta, entretanto, é também apontar soluções. Nesse sentido, a live vai compartilhar planos de trabalho e pesquisas desenvolvidas pelo INCT IN-TREE sobre manejo e conservação de polinizadores em ambiente agrícola.

“Esses planos de trabalho visam preencher lacunas no conhecimento que vão desde a identificação do déficit de polinização de culturas agrícolas de interesse econômico à proposição de paisagens sustentáveis e de práticas agrícolas amigáveis aos polinizadores”, destaca Blandina.

A pesquisadora ressalta que o evento faz parte das ações de divulgação científica do projeto, a fim de tonar o conhecimento público, engajando, assim, os cidadãos não acadêmicos. “Entendemos que publicitar o que produzimos é responsabilidade social dos cientistas, cujas pesquisas são financiadas com recursos públicos”, sublinha.

Guardiões da Chapada
O projeto de ciência cidadã Guardiões da Chapada é uma realização da Rede de Pesquisa, Ensino e Extensão para Uso e Conservação de Polinizadores e dos Serviços de Polinização – POLINFRUT, vinculado ao INCT IN-TREE e coordenado por Blandina Viana.  Com a intenção e conservar o serviço de polinização e a diversidade de polinizadores, os cidadãos são convocados a fazer parte da pesquisa. De forma voluntária e consciente, os participantes produzem registros fotográficos dos animais nas flores, em ambientais naturais, urbanos e agrícolas, alimentando um rico banco de dados. O polinizador mais conhecido é a abelha, mas há outros insetos como besouros, moscas, vespas e mariposas.

“A transferência de grãos de pólen entre as flores realizada por animais polinizadores é um serviço ecossistêmico chave para manutenção da biodiversidade e segurança alimentar. O declínio de polinizadores pode comprometer a manutenção de serviços ecossistêmicos, reduzir a biodiversidade e a produção agrícola”, explica Blandina Viana.

O projeto foi criado em 2015, envolvendo estudantes e professores da UFBA e  representantes de diversos setores das comunidades locais dos municípios de Mucugê, Lençóis e Ibicoara. De maneira colaborativa, já foram produzidas cartilhas e jogos, realizadas Bioblitz (coleta massiva de dados em campo) e diversas oficinas sobre polinização e polinizadores. Em paralelo, o projeto vem utilizando as redes sociais, Facebook (facebook.com/guardioesdachapada) e Instagram (@guardioesdachapada) e Youtube (Guardiões da Chapada), para promover suas ações e divulgar informações de base científica sólidas, para o público em geral.

Serviço
O quê: série de lives “E se os polinizadores entrassem em quarentena?”
Quando: às quintas feiras (28/05, 04/06. 11/06 e 18/06), às 17h
Onde: instagram @guardioesdachapada.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *