Academo reúne informações de mais de 2 mil pesquisadores da UFBA

Lançado durante o Congresso UFBA 70 anos, o aplicativo Academo tem o objetivo de difundir informações sobre a produção acadêmica da universidade

Por Rafaela Oliveira

Difundir informações sobre a produção acadêmica dos docentes da UFBA e auxiliar na divulgação da área de ciência e tecnologia no estado da Bahia. Este é o objetivo do aplicativo Academo – Busca de Fontes Direcionada”, lançado na última sexta-feira (15/07), na sala 04 da Faculdade de Comunicação, durante o Congresso UFBA 70 anos. O projeto, que reúne informações de mais de 2 mil pesquisadores, foi apresentado pela diretora da instituição, Suzana Barbosa.

O aplicativo, que pode ser acessado gratuitamente por qualquer navegador de internet e também por dispositivos móveis sem necessidade de cadastro, traz referências gerais, como área de atuação e resumo do currículo, incluindo informações de como contatá-lo. Existe, também, uma função chamada geolocalização, que funciona como um mapa do departamento onde o pesquisador trabalha.

Resultado do projeto Laboratório de Jornalismo Convergente, que é sediado na FACOM desde 2011, ele foi idealizado há 5 anos. “A partida dele foi em 2011, quando eu e a professora Lia Seixas inscrevemos essa proposta no edital Programa Primeiros Projetos da FAPESB (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia)”, relata Suzana. Além dos grupos de pesquisa GJOL (Jornalismo On-line) e MOBJOR (Jornalismo e Mobilidade), pesquisadores e alunos de iniciação científica, a equipe do projeto é composta por designers e programadores, responsáveis pela parte técnica do aplicativo.

As expectativas para o Academo são grandes. “Queremos que ele seja útil para a comunidade, aqui em Salvador, na Bahia, nacionalmente e até internacionalmente, quando a gente fala de pesquisa, a gente nunca pode estar restrito”, destacou.

Mesa redonda

Pouco antes do lançamento oficial do Academo, às 14h, na sala 04 da FACOM, aconteceu a mesa “Divulgação Científica: desafios para as instituições de pesquisa na Bahia”. Mediado por Simone Bortoliero (FACOM | Pós-Cultura), o evento contou com a presença dos palestrantes Antônio Brotas (Fiocruz-Bahia) e Cláudio Bandeira (Doutorando | Pós-Cultura UFBA).

Bandeira apresentou a pesquisa “Cultura Científica na Imprensa Baiana: Relações entre pesquisadores e jornalistas”, cujo objetivo é compreender  a relação entre os produtores de conhecimento e as mídias locais, através da análise da seção “Observatório”, do caderno “Ciência&Vida”, do qual era editor. “Eram duas pessoas cuidando de tudo e, no dia 4 de dezembro, o caderno Ciência&Vida saiu do ar, sem aviso prévio. Simplesmente sumiu”, desabafa. “Os órgãos de imprensa não estão interessados em informações que não são superficiais”, completa.

Cláudio relatou que nos seus 21 anos de experiência no jornal A Tarde, percebeu as dificuldades em qualificar pautas, sem o conhecimento dos pesquisadores “A maioria da sociedade desconhece a UFBA, 96% dos soteropolitanos ignoram que a universidade faz pesquisas científicas”, aponta.  Sobre o Academo, ele afirma que será uma ferramenta importante para a  mudança do quadro atual: “A Universidade não facilita a divulgação das informações”.

Antônio Brotas, criador da primeira assessoria de imprensa da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), explanou que há uma dificuldade para a comunicação se estabelecer em campos de pesquisa. “As assessorias públicas são vistas como uma extensão da gestão, são centralizadas”, lamenta.  Para ele, o aplicativo será um grande passo. “Há uma dificuldade para a comunicação se estabelecer em campos de pesquisa, essa iniciativa é muito importante”, comemora.

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