Museu Afro Brasileiro recebe exposição de alunos da Escola Maria Felipa

Mostra fica aberta para visitação até o dia 6 de junho e conta com ingressos a R$ 10

O Museu Afro Brasileiro, no Pelourinho, em Salvador, recebe a exposição Semana da Arte Negra e Indígena, que apresenta obras artísticas criadas pelos estudantes da Escola Maria Felipa, a partir de uma perspectiva afro-referenciada. A exposição, que teve início no dia 06 de maio, segue até 06 de junho.

A Semana de Arte Negra e Indígena é uma iniciativa que celebra a arte negra e indígena e reivindica a Semana de Arte Moderna. Maju Passos, sócia gestora da Escola Maria Felipa, destaca que “a Semana de Arte Negra e Indígena vem como uma iniciativa para provocar o questionamento das ideias eurocêntricas de arte na época”.

Fachada Escola Maria Felipa. Divulgação.
Fachada da Escola Maria Felipa. Divulgação.

A mostra conta com performances artísticas e um produto audiovisual que reúne imagens de todo o processo de criação das obras feitas pelas crianças durante a Semana de Arte Negra e Indígena da escola. Os ingressos custam R$10 (valor único) e crianças até 12 anos não pagam.

Obras artísticas criadas pelos estudantes

No catálogo da exposição, há objetos de argila ilustrados a partir da técnica do grafismo, que pauta a arte sob a perspectiva dos povos originários ameríndios, além de instrumentos musicais construídos a partir da manipulação de materiais recicláveis.

Divulgação: artes das crianças da Escola Maria Felipa.

Há também um painel com o título Centralidade Basquiat, criado pelas crianças a partir da presença das artes e pichações nos muros por onde passam no seu cotidiano, analisando sob a perspectiva de Jean-Michel Basquiat e a relevância mundial do Grafite enquanto uma arte preta de rua e sua potencialidade muitas vezes silenciada.

A diretora da escola e idealizadora do projeto, Cris Coelho, reforça que a mostra é pensada para toda a comunidade escolar e aberta para o público externo: “Eu acho muito importante que a gente atravesse os muros da escola e leve a nossa proposta para outros lugares, e que, com isso, a gente possibilite a mudança de perspectiva de mais gente”.

Sobre o MAFRO

Criado em 1974, o Mafro foi inaugurado em 07 de janeiro de 1982, no local onde funcionou o Real Colégio dos Jesuítas, do século XVI ao XVIII e a partir de 1808, a primeira Escola de Medicina do Brasil. Sua criação, no âmbito do Centro de Estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia, correspondeu aos anseios da existência de um espaço de coleta, preservação e divulgação de acervos referentes às culturas africanas e afro-brasileiras, com o objetivo de estreitar relações com a África e compreender a importância deste continente na formação da cultura brasileira, incentivando, por outro lado, contatos com a comunidade local.

Fachada do MAFRO. Divulgação.
Fachada do MAFRO. Divulgação.

Atualmente, o espaço possui um acervo de mais de 1100 peças de cultura material africana e afro-brasileira contribuindo ativamente para a divulgação e preservação destas matrizes culturais.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *