Ocupe Geodésica: espaço coletivo para troca de conhecimento

Beatriz Bulhões

Quem entra no campus de Ondina da UFBA pela pela portaria 2, próxima ao restaurante universitário, se depara com uma construção de arquitetura incomum: uma redoma de ferro cercada de hortas de legumes e flores. É o Ocupe Geodésica, projeto idealizado inicialmente pelo Coletivo Pleorama, onde ocorrem diferentes atividades, como aulas, meditação e sessões de cinema.

O termo geodésica ou “geodésia” remete à ciência que estuda a forma e as dimensões do planeta Terra. O grupo chegou a esse formato arquitetônico durante do festival “Tecnochamanismo”, em Arraial D’ajuda. A primeira ideia foi trazê-la como objeto de cenografia, para uma peça que o coletivo realizou no projeto Mata Inteira. A partir dessa primeira experiência, o professor Leonardo Sebiani convidou-os para participar do EXPO-IHAC, e “geodésica” ficou exposta no caminho que vai do PAF III à Facom.

“Surgiu a vontade de ter um espaço de interação, então entramos em contato com a Superintendência de Meio Ambiente e Estrutura (SUMAI) e pedimos um local pra ter um ateliê fixo”, conta Bernardo Santos, aluno do Bacharelado Interdisciplinar em Artes e integrante do coletivo Pleorama. Após a definição do espaço, começou o projeto Ocupe Geódesica, cuja intenção é trazer projetos variados para acontecerem no local.

No cronograma, há sessões de cinema durante duas sextas-feiras no mês de março, aula da arte marcial Tai Ki Kung todas as quintas, meditação ativa às quartas e vivências potencializadas, que são oficinas de diversos temas, nas segundas ou terças. Há ainda um jardim onde ocorrem oficinas de jardinagem.“Muitos estudantes já acreditavam nessa transformação do paradigma arquitetônico em instrumento moderno de educação, e se aliaram ao projeto. E o que nos interessa é isso, esse lugar da multi área. Como o nome diz, é “coletivo’, queremos abarcar diversas linguagens”, explica Danilo Lima, estudante de teatro e integrante do Pleorama.

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Reprodução de imagem do Fecebook

Quem desenvolve as atividades são os estudantes, sejam eles de coletivos ou não. O espaço é pensado para ser coletivo e comunitário, para ser utilizado pelos estudantes, professores, e quem mais se interessar. “Essa universidade é uma universidade livre e aberta, então, apesar do Pleorama ter concebido o espaço, ele é construído horizontalmente por todos”, defende Bernardo.

Fotos: Yananda Lima

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