Patrocínio Colaborativo: fazendo seu projeto acontecer

*Por Vanice da Mata

Como é que uma galera tem tirado projetos de pequeno porte do papel, sem ficar refém de editais de incentivo ou, pior ainda, da falta de recursos? A oficina Patrocínio Colaborativo, que aconteceu na tarde de quinta-feira, 03, na sala 3 da Faculdade de Comunicação (Facom) da Universidade Federal da Bahia (UFBA), foi um momento de conversa sobre dinâmicas criativas dentro do universo da economia da cultura.

O segredo parece estar na disposição, capacidade de relacionamento e boa dose de criatividade. Gilberto Monte, sócio-fundador da In-vento (empresa de Salvador que desde 2012 vem gestando soluções e inovações voltadas para empreendimentos culturais, e que recentemente fundiu-se com a P303 dando vida à Voulta), em pouco mais de 3 horas abordou o panorama de mudanças – sobretudo tecnológicas – que se deram na história da humanidade para, hoje, um grupo de pessoas sentar e refletir sobre patrocínio colaborativo no Brasil. Além disso, o facilitador mobilizou os oficineiros a identificarem capitais disponíveis que, muitas vezes, nem nos apercebemos que estão à mão e que podem significar muito dinheiro.

Dicas sobre prototipação e validação do produto antes de formalizar um projeto foram pontos chaves a serem observados por alguém que planeja realizar algum intento. “Não adianta você se dedicar a algo sem testar se ele tem adesão”, sentencia o gestor e empreendedor cultural, cujos primeiros passos de formação foram no universo da física, mas que teve coração assentado mesmo foi na música. E completou: “pra fazer acontecer, pra vender a sua ideia, você precisa entender a paixão de quem vai comprar”. Sistemas de recompensas para os seus patrocinadores, pensar em quem se interessaria num projeto como o seu, a escolha da plataforma mais adequada para exibir aquele produto, ter a exclusividade como moeda bem como a importância de uma proposta clara e factível consolidada em uma planilha de custos coerente, foram alguns dos passos a serem seguidos com atenção por quem deseja fazer o uso do patrocínio fundado em várias mãos.

“Antes de fazer o projeto de sua área, aprecie similares. Veja o que deu certo e, mais ainda, o que não deu!”, concluiu Gilberto. Da oficina participaram estudantes, profissionais e empresários de áreas como comunicação, artes plásticas, permacultura e cinema, todos em busca daquele jeitinho bacana de contar uma história capaz de gerar engajamento.

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