Entre o Samba Reggae e o Afrobeats: Conheça a música de Bruno Barroso

Jovem artista se apresentou na FLIPELÔ, mesclando ritmos tradicionais baianos e afrodiaspóricos

Por: Maria de Moura

Passeando entre ritmos tradicionais baianos, como o samba reggae e ritmos afrodiaspóricos eletrônicos, como o afrobeats, o jovem cantor e compositor Bruno Barroso já se apresentou na Casa do Benin, durante o Flipelô 2022, além do Festival Boca de Brasa, realizado pela Prefeitura de Salvador. Com dois singles, o estudante também participou do FACOMSOM, festival de bandas universitárias, em 2021. O artista soteropolitano representa a força da ancestralidade preta dentro de uma estética visual que foge da binariedade.

Cantor, compositor, produtor e gestor, Bruno, 24 anos, desde sempre teve contato com a música. Começou cantando em saraus e eventos de familiares e na escola. Em 2021 Bruno deu início a carreira autoral com o lançamento do seu primeiro single Pelas Sementes nas plataformas digitais e no mesmo ano lançou o seu segundo single e primeiro vídeo clipe intitulado Gato preto.

Fotografia: Labfoto/UFBA
Fotografia: Labfoto/UFBA

Ritmo, melodia, letra. É nessa sequência que Bruno compõe suas músicas. “Eu sou muito rítmico. Meu maior método de composição e inspiração é a partir da batida. É como se minha mente funcionasse dentro de um ritmo. Eu pego referência de algum som que escutei e, dentro disso, minha mente vai criando melodias. Eu fico dentro de uma melodia por dias até escrever algo em cima disso. Meu processo criativo é nesse fluxo”, esclarece Bruno.

Na vida do jovem artista, a música ocupa o lugar de resgate da ancestralidade, a partir dos ritmos, letras e danças. “Quero levar com a minha arte esse axé de verdade. Essa parada de você escutar o som e entrar em transe. A música percussiva tem o poder de te levar em uma frequência a qual você não tem muito raciocínio”, explica. Para ele, relata Bruno, esse resgate surge como expressão individual do próprio artista, que utiliza a música como forma de afirmação pessoal.

“Eu tento pensar como eu gostaria de me auto afirmar. ‘O que Bruno é?’, ‘O que Bruno gosta?’, ‘Quais são as referências de Bruno?’”, conclui.

Foto de destaque: Divulgação/Flipelô

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