Flores e Cores

Sensibilidade e leveza cercam o ambiente de crianção da artista e sua personalidade

Luiza Leão

Luma Flôres, artista, canceriana, natural de Vitória da Conquista, reside em Salvador há um ano e meio e é estudante do terceiro semestre do curso de design na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (EBA/Ufba). A menina de cabelos curtos e pretos é dona de uma sensibilidade que vem de berço: tem mãe e irmãs artistas. A mulher que cuida do lar, de si, do amor e de criar arte, tem seus trabalhos voltados para uma atmosfera intimista e surrealista. “Arte é mais uma forma de expressar o que tem dentro. Tudo acaba me inspirando”, conta.

Luma começou sua carreira em 2012, recebendo apoio da família para seguir a trajetória artística. No início, utilizou a aquarela, que, ainda hoje, é sua grande paixão, “a aquarela é rápida e não permite grandes retoques”, explica.

A jovem de 19 anos acredita que experimentar pintura e desenho com novas técnicas como celigravura, fotografia, acrílica e guache, significa descobrir um lado novo de si. Sua mudança para a capital foi uma das melhores escolhas que fez porque, segundo ela, estar em Salvador é ter mais contato com a arte. “Minha cidade é muito fria e, de certa forma, isso influencia na relação das pessoas até mesmo com a arte. Aqui eu sinto que o ritmo é diferente, o cheiro de mar já muda muita coisa”, comenta.

A sensibilidade artística de Luma é algo que encanta. Não é à toa que, quando caloura, foi premiada no III Salão da EBA em sua primeira exposição: “Foi incentivador”. A artista de mãos cancerianas, como ela mesmo as chama, conquistou cerca de 2.400 curtidas em sua página do Facebook: La Mourfles. Seu envolvimento com as redes sociais é tanto que futuramente pretende criar um perfil Instagram para vender suas obras, que atualmente podem ser acessadas em seu portfólio online que leva o seu nome.

Um outro fator que potencializa sua produção artística é o seu relacionamento com Felipe Rezende, estudante de artes plásticas e também artista. Para Luma, a relação é um grande incentivo porque possibilita que experiências artísticas sejam trocadas e divididas entre os dois. Seu companheiro desenha com muita frequência, quase todos os dias, e isso a motiva a produzir mais. A conexão emocional e artística se reflete no apartamento que dividem.

A vista para o casarão onde já funcionou a residência universitária da Ufba influencia a atmosfera de paz que contribui para que o lar seja um grande atelier. O local é preenchido por cores, mapas, estampas, pinturas e desenhos de ambos.

A estudante de design gosta de diversos ritmos musicais. No erudito, toca violino. Curte rock clássico, MPB, samba e jazz.  Para ela, arte é algo bem subjetivo. Um olhar atento permite que novas criações apareçam: “Acho que a arte é mais uma forma de expressar o que tem dentro. Tudo acaba me inspirando. Eu gosto bastante de observar as pessoas, o comportamento delas”.

Sobre o público que pretende atingir através da suas obras, Luma diz que isso depende do olhar de cada interlocutor. Artistas impressionistas e surrealistas como Van Gogh e Monet são os seus preferidos e por isso suas obras fazem uma mescla deles.

12242676_830308193759083_2026214207_o
Luma e Felipe. Fotos de Artur Mello.
12250255_830308223759080_1868875128_o
Trabalhos dos dois artistas na mesa da sala.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *