Estante Ecoletiva promove sarau de inauguração

Proposta do Diretório Acadêmico de Administração quer estimular hábito da leitura e prática de doação de livros na UFBA.

*Por Virgínia Andrade

Localizada no Vale do Canela, na Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (EAUFBA), a Estante Ecoletiva realizou, na última quinta-feira, 25 de julho, seu sarau de inauguração. Prestigiado por estudantes e professores da UFBA, o evento, que ocorreu no térreo da faculdade e teve entrada gratuita, contou com apresentações artísticas, leitura de poesias, instalações audiovisuais e exposições de artes plásticas.

A ideia da Estante é simples: todos que tiverem livros que já não leem e estão encostados na estante sem outra utilidade além de acumular poeira, podem levá-los à Estante e trocá-los por outros títulos. O ideal é que, depois de ler, os livros voltem para a Ecoletiva e continuem circulando.

Primeiros passos O projeto é uma iniciativa da atual gestão do Diretório Acadêmico de Administração, e pretende, além de unir os conceitos de bibliotecas compartilháveis e estantes produzidas a partir de caixotes de feira, estimular o hábito da leitura e da prática de doação e troca de livros. “Inspirados nas ideias da economia solidária e das feiras de trocas, resolvemos implantar essa experiência aqui”, pontua Renata Amoedo, estudante do 5° semestre de Administração e integrante do DA.

Na opinião de Renata, o mais é importante é haver rotatividade. “O funcionamento da Estante depende de um fluxo contínuo de chegada e saída de livros. Não adianta nem só colocar, nem só tirar livros”, observa. Apesar de a adesão ao projeto, por parte dos alunos, ainda ser pouco expressiva, a estudante espera que em algum momento as pessoas abracem o princípio de troca que existe na estante.

Camila Schindler, estudante de design da UNIFACS, aproveitou o espaço do sarau para expor seus desenhos em aquarela. Ao avaliar a iniciativa, mostrou-se bastante satisfeita. “Achei muito interessante. Espero que [o projeto] cresça cada vez mais, que seja uma porta de entrada para outras coisas interessantes”, e finaliza: “que vingue não só na UFBA, mas em outros ‘cantos’ de Salvador também, porque a gente está precisando de mais articulação em relação às artes”.