Políticas culturais em debate: Veja o que rolou no primeiro dia do Enecult

Principal evento acadêmico sobre cultura chega a sua 19ª edição

Por: Maria de Moura

O Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (Enecult), que alcança sua 19ª edição em 2023, retoma os debates sobre o panorama cultural brasileiro sob o tema “Culturas para o novo Brasil”.

Um dos debates que abriu o evento, na Reitoria da UFBA no dia 23, às 15h, foi a mesa redonda “Políticas para as artes: compreensões e desafios”. A discussão centrou-se na importância da arte e cultura no Brasil, com ênfase na necessidade de priorizar políticas culturais e valorizar artistas no cenário nacional.

Participaram nomes como Maria Marighella (MinC), Carmen Luz, Cacá Machado, Gordo Neto, José Eduardo Ferreira e Matias Santiago. Além disso, a mesa contou com performances artísticas variadas, questões levantadas pelo público, e a participação direta de artistas.

O evento acontece até o dia 25 de agosto, com atividades divididas entre a Reitoria da Universidade Federal da Bahia e o Goethe-Institut Salvador-Bahia. Além disso, marca a primeira edição após a recriação do Ministério da Cultura (MinC), reforçando sua relevância no atual cenário.

Políticas culturais em destaque

Durante a mesa que preencheu a tarde do primeiro dia de Enecult, os convidados trouxeram uma análise aprofundada das políticas culturais passadas, movimentos artísticos e o papel desempenhado por diversas instituições. Os desafios enfrentados pelos artistas, tanto no mundo da arte quanto na interseção da arte com a política, foram pontos-chave nas discussões.

Fotografia: Zeza Maria (@zezamaria)
Fotografia: Zeza Maria (@zezamaria)

Além disso, a necessidade de mudança e adaptação nas políticas culturais foi ressaltada, considerando os aprendizados do passado. Foi o caso de Cacá Monteiro, da Diretoria de Cultura da UNICAMP, que teceu fortes críticas as políticas de editais para a cultura. “Edital é  uma ferramenta de exclusão, e não inclusão”, disparou o convidado. “Para funcionar bem, precisa de um corte bem preciso e cirúrgico. Fora o custo que o edital gera. Quando abre um edital na Funarte [Fundação Nacional de Artes], por exemplo, a instituição para”, explicou.

O que mais rolou no primeiro dia do Enecult?

Além da mesa que discutiu políticas culturais para as artes, o evento contou com a mesa de abertura. Nela, participaram nomes como o reitor da UFBA Paulo Miguez, Pedro Tourinho (Secult-SSA) e o diretor da FACOM/UFBA Leonardo Costa. 

Além disso, ainda foi possível assistir a mesa “Demoracia e disputas ideológicas no campo da cultura”, com coordenação de Albino Rubim, do grupo Cult e a deputada federal Laina Crisóstomo (PSOL).

O Enecult

As mesas temáticas do Enecult abrangem assuntos essenciais como democracia, disputas ideológicas, desafios para o patrimônio cultural e formação em cultura. Vale ressaltar que as atividades do Enecult são abertas ao público e poderão ser acompanhadas ao vivo pelo canal oficial do encontro no Youtube. Para recebimento de certificado, faz-se necessária a inscrição, que custa os valores de R$ 40 para estudantes de graduação, R$ 50 para estudantes de pós-graduação e R$ 60 para profissionais e professores.

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