Exposição dialoga com problemas urbanos de Salvador
Insurgências Urbanas: performance na cidade segue aberta para visitação até o dia 09 de maio na Galeria Cañizares.
Por Adriana Santana
Diversos contextos e recortes de Salvador são apresentados na exposição Insurgências Urbanas: performance na cidade, aberta para visitação até o dia 09 de maio (quarta) na Galeria Cañizares, espaço cultural vinculado à Escola de Belas Artes da UFBA. As fotografias e os vídeos apresentados na exposição são registros das performances urbanas realizadas desde maio de 2011 por Carolina Érika Santos, doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas da UFBA (PPGAC). Após temporada em Salvador, a mostra segue para a cidade de Cachoeira, onde ficará exposta até julho no foyer do auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). As fotos são de Aldren Lincoln e os vídeos de Marcondes Dourado.
O projeto de realização das performances e exposições tem apoio da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), através do Fundo de Cultura da Bahia (FCB), e faz parte da pesquisa de doutorado de Carolina Érika. Mestre em Urbanismo pelo Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFBA, a artista determina a cidade como seu objeto de pesquisa no PPGAC, escolhendo a performance como via de compreensão da complexidade das metrópoles. “Para o exercício de tese, construí seis ações performáticas – na exposição apresento cinco -, que foram experimentadas em territórios específicos da cidade de Salvador”, indica.
As intervenções são descritas no blog do projeto e se voltam para a reflexão de diversos problemas urbanos, passando pelo depósito de lixo em ruas da cidade, relação de poder praticada nos espaços públicos, tendo como condutor a restrição do acesso ao mar no bairro do Corredor da Vitória o descaso com a saúde pública municipal etc. A artista investe na conjugação entre arquitetura-urbanismo, ensino acadêmico e prática artística desde 2004, acreditando nas possibilidades de reflexão que a arte pode trazer para o contexto onde é produzida. “A cidade é campo do fazer de tantos outros profissionais como é também do artista. Se eu me preocupo com as políticas de gestão e com o desenho das cidades, aproprio o fazer artístico para problematizá-los e tornar visível aquilo que escapa nas discussões sobre o tema”, afirma.
A conjugação entre arte e intervenção urbana é objeto de trabalho do Grupo de Interferência Ambiental (GIA), criado em 2002 na Escola de Belas Artes da UFBA.
Serviço
O quê: Exposição Insurgências Urbanas: performance na cidade.
Quando: De 20/04 a 09/05 (Salvador) e de 21/06 a 10/07 (Cachoeira).
Onde: Galeria Cañizares (Rua Araújo Pinho, Canela) e galeria do Centro de Artes, Humanidades e Letras da UFRB.
Quanto: grátis.
