Orquestra Sinfônica Juvenil mostra potencial artístico e encanta Europa

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Por Adriana Santana*

Na última quarta-feira (31) a orquestra fez apresentação no Teatro Castro Alves (TCA), que marcou também o lançamento do mini documentário gravado pela Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia durante a turnê pela Europa. Na agenda estão programadas novas apresentações nos dias 16 e 22 de setembro e em São Paulo no dia 26, para apresentação na Sala São Paulo, uma das mais modernas e equipadas salas de concerto do mundo.

 

O Neojibá é um programa financiado pelo Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult), que visa criar condições de aperfeiçoamento musical para crianças e jovens e, assim, contribuir para a integração social deste público, a partir da proposta da arte-educação. Iniciou suas atividades em 2007, a partir de seus dois grupos principais: a Orquestra Juvenil 2 de Julho (J2J), formada por integrantes de 12 a 25 anos, e a Orquestra Castro Alves (OCA), composta por integrantes entre 8 e 18 anos. A partir do ano passado, o Neojibá conta com um coral formado por estudantes do Instituto Central de Educação Isaías Alves (Iceia) de Salvador.

 

Apesar da pouca idade, o Neojibá vem conseguindo afirmar seu potencial artístico, rompendo as fronteiras nacionais e se projetando internacionalmente. Como afirma o diretor e maestro do Neojibá, Ricardo Castro, as últimas apresentações na Europa “ultrapassaram todas as expectativas. As salas ficaram lotadas, o público aplaudiu de pé, e tivemos de dois a três bis por concerto”. A flautista, Ana Júlia Bittencourt, 25 anos, declara que “poder tocar com a orquestra em cinco das maiores salas de concerto do mundo, ainda gera uma alegria e emoção sem tamanho. Foram momentos muito enriquecedores, ainda mais em ter visto o público de cada país (da Inglaterra e Portugal, em 2010, e da Alemanha e Suíça, no último mês), que é tão exigente, aplaudir de pé de forma tão calorosa”.

 

Para a estudante do 7º semestre de música da Ufba e flautista da Neojibá, Dóris Leandra, “tem sido notada uma reação singular às orquestras do Neojibá cada vez que sobem ao palco. Ao participar de concertos na Europa, em países com tradição orquestral reconhecida, foi emocionante presenciar tamanha receptividade e animação”, conta a musicista.

 

Diante do reconhecimento do trabalho realizado, é grande a procura de crianças e jovens para entrar no Neojibá. No último processo seletivo para escolha de novos músicos, foram aproximadamente 1.500 pessoas inscritas. A dedicação e carinho que os jovens músicos têm pelo grupo, podem ser percebidos pela fala da flautista Ana Júlia, que afirma: “não pretendo estudar ou seguir carreira fora do país, pois tudo que preciso e almejo está aqui na Bahia, no Neojibá”.

 

Confira a entrevista exclusiva com Ricardo Castro, que destaca o sucesso da turnê e avalia a projeção internacional das Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia.

 

*Estudante de Produção Cultural da Faculdade de Comunicação da Ufba – Facom

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