Primeira atividade do Enprocult debate formação do Produtor Cultural

*Por Leandro Souza e Adriana Santana – Comunicação Enprocult

O 3º Encontro Nacional de Produção Cultural (Enprocult) teve início nesta quarta-feira, 2, na Faculdade de Arquitetura da UFBA. A abertura contou com a presença da diretora da Faculdade de Comunicação da UFBA (Facom), Suzana Barbosa, e do pesquisador e atual secretário de Cultura do Estado da Bahia (Secult-Ba), Albino Rubim. A primeira mesa redonda do evento discutiu a Formação do Produtor Cultural e recebeu como convidados o pesquisador e professor da Facom, Leonardo Costa, e a gestora cultural Maria Helena Cunha, sendo mediada pela mestranda do Programa de Pós-graduação em Cultura e Sociedade (Pós-Cultura/UFBA), Geise Oliveira.

Albino Rubim apresentou inicialmente o histórico de políticas culturais brasileiras, para chegar até o atual contexto do Ministério da Cultura (MinC), que tem a formação como um dos eixos prioritários. “Com as novas políticas iniciadas no MinC com o ex-ministro Gilberto Gil, vemos a ampliação da necessidade de formação na área cultural. Como vamos trabalhar com sistemas, planos e fundos de cultura, por exemplo, se não houver gente qualificada para mediar o processo? Se não houver profissionais qualificados, não vamos avançar no gerenciamento das políticas”, indicou o pesquisador. Rubim afirmou ainda que a formação e qualificação em cultura é uma das prioridades da Secult-Ba. A secretaria conta com programa, rede, editais e assessoria específica voltados para o setor, além de abrigar um Centro de Formação em Artes, que atende a capital e o interior da Bahia. “A meta é estabelecer o estado como lugar de formação e qualificação em cultura”, indicou.

Após a abertura, a diretora da empresa mineira Inspire Gestão Cultural, Maria Helena Cunha, iniciou os debates da mesa com dados de sua pesquisa sobre a formação de gestores, apontando alguns desafios e perspectivas na área. Como desafios, foram destacados o processo de reconhecimento da profissão no campo social, ainda não consolidado, assim como a qualificação profissional, que necessita de descentralização regional e algumas reformulações. Cunha indicou que os formatos diferenciados de formação devem estar em sintonia com as necessidades e demandas específicas ao produtor cultural. Por sua vez, Leonardo Costa trouxe a público os resultados de sua pesquisa no campo de formação em cultura. Como resultados principais, o projeto “Mapeamento da Formação em Organização Cultural no Brasil” apontou a centralização de cursos na região Sudeste, a pluralidade de terminologias em diferentes regiões do país e insatisfação de egressos (2009-2012) quanto à formação teórica/conceitual. O mapeamento pode ser acompanhado no site http://www.organizacaocultural.ufba.br/.

A segunda mesa de debates ocorre nesta quinta-feira, 3, tendo como tema os “Campos de Atuação do Produtor Cultural”. A atividade contará com as presenças da produtora teatral Vadinha Moura, do superintendente do Itaú Cultural, Eduardo Saron, e da sócia da empresa baiana Janela do Mundo, Claudia Lima.

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