FIAC promove seminário de mediação cultural e foca em públicos estratégicos

Encontro discutiu o papel da acessibilidade como estratégia mobilizadora para públicos diversos

A 12ª. edição do Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia (FIAC/Bahia) realizou na última terça feira (22), no Goethe Institut, a primeira roda de conversa sobre mediação cultural abordando a acessibilidade em produções culturais.

Como garantir acesso físico e simbólico nas artes cênicas? A fachada do Goethe-Institut foi  ocupada por uma roda de conversa na qual profissionais que trabalham com acessibilidade e mediação compartilharam experiências de cidadania cultural junto a pessoas com deficiência visual e auditiva.

A atividade, que contou  com tradução e interpretação em Libras, reuniu profissionais que trabalham com recursos de acessibilidade comunicacional como as audiodescritoras Deise Medina e  Adriana Urpia, a intérprete de Libras, Cíntia Santos e o produtor Leo Castilho.

“A luta pela acessibilidade e inclusão deve continuar porque ter uma pessoa surda e artista no palco é um desafio para nós, como também colocarmos intérpretes mulheres, negras e afroindígenas é muito simbólico”, disse Cíntia Santos.

Depois da fala de Leo Castilho, discutiu-se a importância da inserção dos recursos de acessibilidade nos espetáculos como a Libras, a audiodescrição e a legenda para surdos e ensurdecidos, suportes fundamentais para uma apreciação estética por parte de pessoas com deficiência.

“A gente precisa se colocar no lugar do outro,mudar a nossa forma de lidar com o outro, a acessibilidade é para todos”, afirmou Deise Medina, vice-coordenadora do grupo de pesquisa Tradução, Mídia e Audiodescrição (Tramad), que funciona no Instituto de Letras da UFBA.

Neste mesmo dia, às 16h, foi realizada uma programação totalmente inusitada nomeada de “Terreiro” reuniu cinco mulheres negras com experiências e profissões distintas: Cássia Virgínia Bastos Maciel (BA), Fran Demétrio (BA), Marilza Oliveira (BA), Onisajé (BA) (MG).  Verusya Correia (BA), com mediação: Soraya Martins. Em rodas de conversas, elas trocaram vivências com os espectadores. A experiência foi notada como muito proveitosa pelos espectadores até mesmo pela configuração da conversa que era mais “livre”, podendo assim que perpassar por diversos assuntos. Ao final de 15 minutos de trocas as pessoas ali presentes tinham a oportunidade de trocar de roda, fazendo com que houvesse uma troca de diversidades de maneira mais ampla.

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